- Valerio Augusto Pinto
Café coado e o primeiro filtro de papel
Atualizado: 10 de Out de 2019
A praticidade do filtro de papel, criação alemã, impulsionou o consumo doméstico de café.
Graças a essa invenção da alemã Melitta Bentz, você hoje pode saborear um café gourmet de qualidade, extraindo dele todo o sabor, corpo e aroma, qualidades que você pode apreciar ao tomar o Super Café Canastra.
Anteriormente com coador de pano isso não era possível pois o resíduo que ficava influía sobremaneira no sabor.
Artigo publicado no Estadão
Certamente o método de preparo de café mais popular do mercado é o filtrado. Ainda no Século XVIII, nos primeiros cafés europeus, havia um tipo de filtro que era feito com fino tecido de algodão, semelhante a meias longas.
Em 1908, na Alemanha, uma senhora de nome Melitta Bentz inventou o primeiro filtro de café, resultado de sua busca por uma bebida que não tivesse resíduos do pó. Era uma caneca de latão com furos em seu fundo, utilizando-se de um papel mata borrão recortado para reter as partículas do café torrado e moído. Rapidamente esse sistema de preparo se tornou um sucesso, levando o casal Hugo e Melitta Bentz a registrar a marca Melitta para os filtros de papel.
No Brasil, o filtro foi lançado na década de 1970, trazendo também o porta-filtro de plástico com finas estrias internas. Foi uma verdadeira revolução, pois até então, o método de preparo tipicamente brasileiro, o Cafezinho, empregava o coador de pano. E daí surgiu um grande desafio: adaptar o sistema alemão ao espírito brasileiro de preparar café.
O Cafezinho mescla diversas influências em sua concepção, sendo a moagem fina como uma de suas características mais importantes. Justamente essa moagem fina dos cafés torrados e moídos encontrados nos supermercados naquela época se tornou um grande problema ao ser utilizado nos filtros de papel Melitta.
Compilado por José Cezário Alves Cruz